quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Passagem, 51


E tudo ia desbotando, quase até desaparecer
céu laranja acima, abaixo e às voltas
daquela mente conturbada, bagunçada
inquieta de música dançante, notas compondo um
caso, sem espaço para enfeites,
apenas o amor,
daqueles mais desajeitados
que só se encontra ao acaso
na rua, no bar, na praça,
na avenida e
ninguém sabe como termina ou pra onde vai
às vezes nem entendem como começou
bem esse tipo de amor
sem pretensão,
sem não,
com não,
saber ficar longe,
necessário e importante,
fogo e sede,
de amor.

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