Naquele dia, segurou a concha forte entre suas mãos, como um talismã, que misturado a tormenta do mar, trazia calmaria a seu espírito e o fazia respirar fundo e calmo. E às vezes isso é tudo que precisamos. Um respiro calmo. Um vento que venha de longe, de outros extremos, mas que acalente a mente atormentada e cansada. Uma lembrança, um carinho, um olhar, algumas palavras, uma xícara de chá ou uma música, qualquer coisa que lhe faça respirar e elevar os pés daquele chão tão quente. Em seu caso, foi uma concha que estava guardada há uns bons anos, ainda suja de areia e começando a descamar, tal como as recordações. Nem sempre são claras e vívidas, mas mantém sua essência forte, apesar dos detalhes que às vezes são perdidos. E, ainda assim, podem ser o elo que mantém firme nossa sanidade, podem ser o porto seguro para o qual retornamos após a tempestade.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Passagem, 54 - Concha
Naquele dia, segurou a concha forte entre suas mãos, como um talismã, que misturado a tormenta do mar, trazia calmaria a seu espírito e o fazia respirar fundo e calmo. E às vezes isso é tudo que precisamos. Um respiro calmo. Um vento que venha de longe, de outros extremos, mas que acalente a mente atormentada e cansada. Uma lembrança, um carinho, um olhar, algumas palavras, uma xícara de chá ou uma música, qualquer coisa que lhe faça respirar e elevar os pés daquele chão tão quente. Em seu caso, foi uma concha que estava guardada há uns bons anos, ainda suja de areia e começando a descamar, tal como as recordações. Nem sempre são claras e vívidas, mas mantém sua essência forte, apesar dos detalhes que às vezes são perdidos. E, ainda assim, podem ser o elo que mantém firme nossa sanidade, podem ser o porto seguro para o qual retornamos após a tempestade.
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