segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Passagem, 4

Com dúvidas do que se passa ao redor, o peito aperta e aperta sobre o asfalto imundo e ar poluído, não está ali. Alguns borrões quando presto atenção ao espelho, não compreendo as linhas rabiscadas, sinto a incoerência com o que vejo e o que lembro do ser, ainda está aqui é claro, o cerne se mantém mas os galhos são barrados por mãos invisíveis, e não é caos externo, o furacão é dentro da carne; e quem sabe, o problema seja pela carne, ou o conjunto com o ímpeto do grito, não sei, sei que esse irreconhecimento, por minutos que sejam, é um lapso do seu ser e isso é assustador.

Não consigo pensar em mais metáforas, jogos ou rimas para expressar o que pode ser passado com palavras diretas a si mesmo, acho que é sempre melhor enfeitar e fantasiar e, por que não, romantizar os dias e sentimentos. 

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